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20/11/1473 A Guerra dos Pregos Tortos




Lisboa (KAP)

Quando a autoproclamada “Nação Autônoma e Soberana de Coimbra” anunciou guerra a Portugal no último 22 de outubro, o fez com um manifesto inflamado, repleto de metáforas dramáticas e imagens apocalípticas. Entre elas, a mais comentada: “cada conquista será um prego a mais sobre o sarcófago do seu reinado de cinzas”.

Um mês depois, a frase já é vista como uma das declarações que pior envelheceram na história política recente — um verdadeiro exemplo emblemático de quando o discurso corre mais rápido do que os exércitos.

No documento, assinado por Rubya Athena Miranda da Maia Álvares Pereira, a Condessa coimbrã descrevia a Coroa como “moribunda”, “ruinosa” e “presa ao fantasma de um reino extinto”. O anúncio prometia uma resposta “bélica”, “invicta no espírito”, destinada a restaurar uma suposta “ordem legítima”.

Era o prenúncio de uma ofensiva militar que, segundo suas palavras, marcharia:

- Pela Independência
- Pela Soberania
- Pela Liberdade

O que o manifesto não previa era a falta de… resultados.

Um mês de guerra: nenhum prego, nenhum sarcófago — e cada vez menos território


Passados quase trinta dias desde o estalar formal da guerra, o balanço militar revela um panorama que contrasta brutalmente com a retórica de poderio, avanço inevitável e superioridade moral proclamada pela liderança coimbrã. Os números e os fatos — que não respondem à poesia bélica — desenham um quadro de retração territorial, incapacidade operacional e perda de iniciativa no campo de batalha.

Coimbra, que no dia 22 de outubro controlava seis cidades, encontra-se hoje reduzida a quatro, Alcobaça passou para o controle direto de Lisboa e Guarda foi posta em Vila Franca após sofrer baixas contínuas em frentes consideradas críticas. A perda de duas cidades em menos de um mês, sem qualquer contragolpe bem-sucedido, indica não apenas inferioridade tática, mas também dificuldades logísticas, falhas de mobilização e possível descoordenação interna entre suas lideranças civis e militares.

Mais grave ainda é a constatação de que nenhuma vitória militar significativa foi registrada por Coimbra ao longo de todo o conflito. Não houve conquistas territoriais, nem retomadas de localidades perdidas, tampouco houve registros de batalhas decisivas vencidas pelas suas forças. O que se observa, pelo contrário, é uma atuação essencialmente reativa, marcada por retiradas pontuais, resistência dispersa e incapacidade de converter discursos inflamados em ganho estratégico concreto.

Até mesmo operações simples, como escaramuças de reconhecimento ou tentativas de romper cercos nas cidades sob maior pressão, resultaram inócuas, demonstrando uma discrepância clara entre a ofensiva prometida e a realidade da capacidade bélica coimbrã. A Coroa, por sua vez — a quem a Condessa definira como “moribunda” e “presa ao fantasma de um reino extinto” — tem composto uma defesa eficiente, estabilizada e, acima de tudo, silenciosa, cuja eficácia se mede pelo que conseguiu de fato, não de discurso.

Nesse contexto, a metáfora do “sarcófago” evocada pela Condessa coimbrã adquiriu contornos involuntariamente irônicos. Até agora:

- não houve conquistas para pregar pregos;
- não houve sarcófagos para selar;
- e o único processo “funerário” em andamento parece ser o do próprio discurso triunfalista.

Se algum prego foi martelado ao longo deste mês, serviu muito mais para reforçar barricadas defensivas e estancar perdas adicionais do que para selar qualquer vitória simbólica ou material. A guerra, até aqui, revela não um roteiro épico, mas um encolhimento progressivo das fronteiras da autoproclamada nação coimbrã, que assiste, dia após dia, à erosão de sua posição territorial frente a uma Coroa que permanece firme, disciplinada e estrategicamente intacta.

O discurso da Condessa rapidamente tornou-se objeto de sátira, tanto em Coimbra quanto fora dela.

Nas tavernas de Lisboa, o trecho “cada conquista será um prego a mais” virou piada recorrente:

Se continuar assim, o caixão quem vai precisar somos nós… para pregar cartazes de desaparecido das cidades perdidas.” — comentou um comerciante lisboeta entre risos.

A Coroa, por sua vez, manteve postura oficial contida. Não houve retaliações retóricas, apenas movimentações militares eficientes que resultaram:

- em avanço territorial,
- reorganização das defesas,
- e respostas rápidas a investidas isoladas.

A ausência de propaganda bélica contrasta com a verborragia da declaração coimbrã — e talvez esse contraste explique parte do resultado: enquanto Coimbra discursava, a Coroa agia.

A independência proclamada com tanta fanfarra agora parece um castelo construído sobre areia.

O cenário atual levanta questões entre analistas militares:

Há condições reais para sustentar a guerra?
O governo coimbrão superestimou sua força?
Houve cálculo político ou apenas impulso?
O desenrolar revela falta de estrutura, de aliados ou de comando?


Para alguns pensadores, a guerra já entrou em um ponto crítico: manter a retórica heroica ficou mais difícil do que manter as fronteiras.

A frase que deveria entrar para a história como um brado de resistência tornou-se um exemplo clássico da “tragédia retórica”:

Cada conquista será um prego a mais sobre o sarcófago do seu reinado de cinzas.

Pois bem: até agora, não houve conquistas, não houve sarcófagos, e o único “reinado de cinzas” parece ter sido o do discurso, queimado pela realidade militar.

Se a guerra continuar neste ritmo, Coimbra talvez precise revisar seu repertório poético antes de revisar suas fronteiras.

A KAP seguirá acompanhando os desdobramentos — e, com sorte, algum prego finalmente encontrará o seu lugar.

Augusto Bibiano d'Avis, para a KAP de PORTUGAL.


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Cours

Product Price Variation
Loaf of bread 4.48 -0.67
Fruit 9.19 0.56
Bag of corn 2.89 -0.01
Bottle of milk 7.96 0
Fish 10.3 -1.55
Piece of meat 18.19 2.42
Bag of wheat 10.34 0.04
Bag of flour 11.23 0.38
Hundredweight of cow 22.29 1.84
Ton of stone 13.82 0
Half-hundredweight of pig 14.4 0
Ball of wool 7.31 -0.38
Hide 14.3 0
Coat N/A N/A
Vegetable 6.93 0.99
Wood bushel 3.94 -0.57
Small ladder 22.5 0
Large ladder 63.75 4.88
Oar 30 0
Hull 28.04 0
Shaft 8 1.25
Boat 82.5 0
Stone 14.39 1.08
Axe 143 -2.5
Ploughshare N/A N/A
Hoe N/A N/A
Ounce of iron ore 17.81 -0.08
Unhooped bucket 22.75 0
Bucket 32.25 -0.25
Knife 12.71 0
Ounce of steel 58 0
Unforged axe blade 70 0
Axe blade 123.13 0
Blunted axe 140.13 0
Hat 47.56 0
Man's shirt 107.2 5.08
Woman's shirt 83.44 0
Waistcoat 139.91 0
Pair of trousers 58.06 0
Mantle 269.98 0
Dress 202.5 0
Man's hose 43 0
Woman's hose 35.62 0
Pair of shoes 21.19 0
Pair of boots 63.75 0
Belt 37.06 0
Barrel 10.15 0
Pint of beer 0.64 0
Barrel of beer 66.29 0
Bottle of wine N/A N/A
Barrel of wine N/A N/A
Bag of hops 13.99 0
Bag of malt N/A N/A
Sword blade 131.56 0
Unsharpened sword 103.13 0
Sword 156.33 0
Shield 35.63 0
Playing cards 63.13 0
Cloak 147.69 0
Collar 57.25 0
Skirt 103.5 0
Tunic 195 0
Overalls 102.44 0
Corset 102.44 0
Rope belt 46 0
Headscarf 53.63 0
Helmet 138.75 0
Toque 47.99 0
Headdress 70.69 0
Poulaine 59.25 0
Cod 17.5 0
Conger eel 11.88 0
Sea bream 15.06 0
Herring 21.34 0
Whiting 18.44 0
Skate 16.38 0
Sole 17.38 0
Tuna 17.69 0
Turbot 18.28 0
Red mullet 18.5 0
Mullet 17.69 0
Scorpionfish N/A N/A
Salmon 18 0
Arctic char N/A N/A
Grayling 17.01 0
Pike 15.43 0
Catfish N/A N/A
Eel 16.81 0
Carp 13.75 0
Gudgeon 17.81 0
Trout 17.94 0
Pound of olives 11.88 0
Pound of grapes 6.61 0.05
Sack of barley 16.88 0
Half-hundred weight of goat carcasses N/A N/A
Bottle of goat's milk 12.81 0
Tapestry 107.19 0
Bottle of olive oil 126.25 0
Jar of agave nectar N/A N/A
Bushel of salt 24.81 0
Bar of clay 2.31 -1
Cask of Scotch whisky 93.75 0
Cask of Irish whiskey 98.75 0
Bottle of ewe's milk 14.07 0
Majolica vase N/A N/A
Porcelain plate N/A N/A
Ceramic tile N/A N/A
Parma ham 92.5 0
Bayonne ham 80.31 0
Iberian ham 79.5 0
Black Forest ham 81.25 0
Barrel of cider 79.06 0
Bourgogne wine 84.38 0
Bordeaux wine 60.63 0
Champagne wine 179.38 0
Toscana wine 75 0
Barrel of porto wine 88.75 0
Barrel of Tokaji 130 0
Rioja wine 108.44 0
Barrel of Retsina 90.63 0
Pot of yoghurt 79.69 0
Cow's milk cheese 75 0
Goat's milk cheese 115 0
Ewe's milk cheese 85.38 0
Anjou wine 40.31 0
Ewe carcass 14.35 0
Mast 434.66 0
Small sail 183.63 0
Large sail 939.58 0
Tumbler of pulque N/A N/A
Jar of pulque N/A N/A