Lisboa - KAP

Maus ventos sopram pelo Condado de Coimbra.

A LIX Condessa do Condado de Coimbra, Dama Aishla Spencer Fernandes Simões, em comunicado oficial no último dia 1º, informou à população de seu Condado que no dia 26 de janeiro uma formação naval composta por quatro navios com procedência da região da península de Anatólia, no extremo oeste asiático, denominados Barbarossa Drogon, Barbarossa Yıldız, Barbarossa Nao Vittoria e Barbarossa Bismarck ficou às portas do porto marítimo da cidade de Aveiro requerendo atraque ao respectivo porto, no entanto após consultar um comunicado do dia 21 de janeiro assinado pela Governadora do Reino de Castela, Dama Ibelia Jordan, denunciando que a mesma formação naval havia há oito dias atacado e afundado o navio Il Drakkar próximo à cidade portuária de Castellón, no Reino de Valência, estando este navio cumprindo missão comercial em nome do governo de Castela, o Conselho de Coimbra recusou o pedido de atraque para, nos dizeres do comunicado: “[...] salvaguardar as nossas relações com o Reino de Casttela e Leão como nossos vizinhos e aliados e assim fazer-se cumprir e respeitar os tratados existentes”.

No seguinte dia 4, a Condessa em comunicado informou que, na mesma data que o Conselho se recusou a conceder o atraque à formação naval já citada, esta abriu fogo contra o navio da Marinha de Coimbra – única marinha de Portugal que contava com efetivo, e afundou o Leão de Ouro I, navio de Guerra pertencente ao Condado de Coimbra construído pelo seu Conselho há cerca de três anos e capitaneado pelo Comodoro da Marinha Coimbrense e pai da Condessa, Dom Dhanniel Fernandes Simões, que fora a primeira pessoa a retirar o navio da doca seca em que estava, na cidade de Leiria, desde sua construção e que ainda não contava com nenhuma missão de patrulha, perseguição, escolta ou mesmo ataques preventivos e/ou punitivos em seu histórico de serviço.

Já no dia 13 de fevereiro, um comunicado de duas linhas da Condessa, em nome do Conselho de Coimbra, informava ao povo deste Condado que seu governo havia adquirido, nos dizeres do comunicado: “[...]dois barcos de guerra para substituição do barco afundado e aumento da frota naval do Condado de Coimbra. ”.
A aquisição de navios de guerra desde cedo tornou-se pauta nos debates políticos em Portugal, é bem verdade que o atraso contundente nos assuntos relacionados à navegação e à proteção de sua costa é um assunto de inestimável interesse dos agentes militares portugueses, no entanto as vinte e duas palavras usadas pelo governo de um Condado para dar publicidade à aquisição de dois navios não trouxeram muitas respostas.
Fato é que a aquisição de um navio de guerra tem um custo considerável, os três navios de guerra atualmente construídos são o Genovês de Guerra, a Coca de Guerra e a Carraca de Guerra, o custo aproximado de construção destes navios, excluídos os custos de impostos e taxas é de respectivamente 6.000,00 cruzados, 8.000,00 cruzados e 17.000,00 cruzados, tendo em pontos de combate respectivamente 6, 10 e 17. Ao que se pode extrair do comunicado, tais embarcações foram adquiridas prontas, o que deve elevar o custo sensivelmente.

Sem apresentar relatórios desde o dia 12 de fevereiro, infringindo desde logo o Regimento Interno do Conselho de Coimbra, a Tesouraria omite as informações necessárias à devida elucidação do ocorrido, não permitindo o acesso do povo do Condado às informações referentes ao dinheiro que lhes pertence por direito.

Requisitada a dar explicações a Condessa de Coimbra negou-se a elucidar-nos sobre quaisquer dos problemas originados desta decisão.

Heitor de Médici, para a KAP.

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