Lisboa (KAP)

No último dia 13, o Chefe do Porto da cidade lisboeta de Setúbal, Anxo, anunciava na praça do Condado de Lisboa “alcançamos todos os fundos e recursos necessários para terminar as obras”! E fica a curiosidade: Como uma cidade como Setúbal, com 21 habitantes, conseguiu transformar seu Porto em um Estaleiro Comercial?

Anxo de Setúbal é reconhecido em sua cidade e em seu Condado, é o Prefeito da cidade desde junho de 1469, Chefe do Porto desde dezembro de 1469 e Juiz do Condado desde novembro de 1470 e recebeu o enviado da KAP para falar sobre a recente conquista da cidade lisboeta que administra, a conclusão da penúltima fase das obras do Porto e o início da última e massiva fase de evolução da infraestrutura portuária da cidade.

Setúbal contava com um Porto de nível 02, com baixas capacidades produtivas e de proteção da costa lisboeta, em meados de setembro de 1470 houve então a proposta de evolução da base portuária da cidade, que segundo nosso entrevistado, “o dinheiro inicial para as obras, cerca de 5.000 cruzados, pusemos quase igualmente entre o comerciante castelhano Juan_machado_torno, eu e a Casa do Povo”. Contudo transcorrida a primeira parte da obra um contratempo acabou ocorrendo - “Pouco depois de terminar a primeira fase das obras. Juan_machado_torno é um comerciante que apostou em Setúbal e que queria fazer do Porto de Setúbal a sua base de operações comerciais, infelizmente, quando regressou de uma das suas viagens comerciais ao Reino de Castela e Leão com os seus navios carregados de recursos e dinheiro, seus navios foram atacados e afundados por piratas, o que o levou à ruína e ele teve que retornar ao Reino de Castilla y León para tentar reconstruir sua riqueza”.
“Concluída a primeira fase, encontramos o problema da alvenaria, que pouquíssimas pessoas têm no Reino. Quero agradecer a Jhennifer, que graças a ela conseguimos avançar nas duas fases que exigem alvenaria” – registrou o Chefe do Porto em seu diálogo com a KAP, prosseguindo – “Terminada a segunda fase de alvenaria, foram duas fases que precisaram de 100 carpinteiros e 100 ferreiros, profissões que também não temos em Setúbal, então mudei de profissão e comprei pedras preciosas para poder fazer 200 trabalhos num fim de semana, e assim por diante, para não fazer a Jhennifer esperar muito que iria me ajudar na próxima fase da alvenaria. Era também a única forma de recuperar dinheiro para poder reinvestir no Porto”.

Questionado acerca do auxílio de outras esferas do governo lisboeta o Chefe do Porto fez constar que “Graças à reitora Lady_bela, consegui concluir meu treinamento de pedreiro em tempo recorde, de modo que, em vez de esperar 100 dias para Jhennifer terminar a obra, trabalhei com ela e terminamos na metade do tempo” – e também – “Graças ao dinheiro que consegui trabalhando na fase de alvenaria e ao facto de o Condado de Lisboa ter decidido conceder a Doação Régia de 5.000 cruzados ao porto de Setúbal, consegui obter os 6.300 cruzados necessários para a última fase, que começa amanhã, com 350 empregos não qualificados, para os quais procuro trabalhadores”.

De fato, os esforços empreendidos na evolução do Porto de Setúbal merecem destaque e reverência, já que tal empreitada não é algo simples de ser feito com o apoio de muitos, contudo quando é feito em um universo tão diminuto de apoiadores, torna a situação ainda mais louvável. Para registro, financiaram com recursos próprios as obras de Setúbal os senhores Anxo, com 7.500 cruzados, Juan_machado_torno com 1.600,00 cruzados e 60 feixes de madeira, a Casa do Povo de Setúbal, com 1.700,00 cruzados, Cauceno com 500,00 cruzados e a Coroa de Portugal, com 5.000,00 cruzados.

Augusto Bibiano, para a KAP.


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